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Imagem de crianças recolhendo objetos na areia de uma praia.
Imagem de davidpereiras - Envato

Já se foram os dias em que as ajudas eram meramente transacionais e convencionais, as ONGs eram as heroínas e a comunidade uma receptora passiva da solidariedade dos outros. Hoje, falamos sobre o empoderamento e da construção de comunidades que são parte ativa da solução e não do problema.

Segundo o dicionário Michaelis, “empoderar” significa “investir(-se) de poder, a fim de promover ações que possam provocar mudanças positivas no grupo social”. Ou seja, empoderar é afirmar o poder de alguma coisa ou alguém, que possa desenvolver habilidades empoderadoras.

O voluntariado é uma ferramenta chave nesse processo de empoderamento, pois é a partir dele que nascem as ações mais contundentes das organizações, tais como: o trabalho cara a cara com a comunidade até o planejamento de estratégias. Em cada um desses espaços se pode gerar claras oportunidades para deixar de lado os esforços assistencialistas que por tanto tempo têm alimentado a dependência social. Portanto, mudar a percepção exige um compromisso tanto das organizações como dos voluntários.

Eis alguns desafios:

  • Resistência por parte de algumas organizações sem fins lucrativos que trabalham sempre para a comunidade, mas não em conjunto com ela.
  • Oportunidades de voluntariado difusas e por curtos períodos de tempo que bloqueiam o desenvolvimento de programas de empoderamento comunitário e a participação ativa dos voluntários para que se gerem resultados a longo prazo.
  • Propostas de voluntariado com abordagens turísticas que tendem a buscar voluntários que participem de tarefas meramente assistencialistas.

As organizações sociais e os voluntários precisam mudar suas perspectivas para enfrentarem esses desafios.

Organizações:

  1. No papel de organização começamos a gerar impacto desde o momento que entendemos o protagonismo da comunidade. Não imponha soluções. Mantenha a comunidade em mente. Fale com a comunidade e se preocupe primeiro em entender as necessidades dela.
  2. Entenda que os voluntários estão de passagem. Assegure que exista um feedback entre as partes envolvidas e uma continuidade disso mesmo após a finalização do voluntariado. Isso pode ocorrer através de reuniões coletivas ou individuais, oficinas, manuais, e claro, através do trabalho em conjunto com a comunidade. Integre esse aspecto em seus projetos e iniciativas até que faça parte do DNA da sua organização.

Voluntários:

  1. Se está em busca de uma oportunidade de voluntariado, identifique quais os projetos que geram impacto na comunidade a longo prazo. Geralmente, são projetos que têm a participação ativa da comunidade. Esses projetos não somente geram um maior impacto como também beneficiam todas as partes envolvidas.
  2. Há uma crença de que os voluntários, por serem em muitos casos ocidentais, são especialistas e muitas vezes chegam às comunidades pensando que são eles que, com seus conhecimentos e habilidades, mudarão o problema social a ser abordado. Mude essa mentalidade, pois no empoderamento não existem estruturas verticais. Voluntários e comunidade têm muito a contribuir com seus conhecimentos. Isso é uma relação de iguais. Ambos devem ter isso bem claro.
  3. Como voluntário, compartilhe seu conhecimento e habilidades necessárias com os membros locais da comunidade. Não se trata de impor, mas de compartilhar conhecimentos que a própria comunidade considere relevantes por meio da implementação de um projeto. Isso inclui o compartilhamento de ferramentas, processos, habilidades e demais recursos com os responsáveis locais dos projetos. Sendo assim, as comunidades não precisarão depender de terceiros para continuarem com um projeto comunitário que esteja em curso e que gere bons resultados.

O empoderamento é um movimento social que fortalece o coletivo e valida a vida e a experiência das comunidades. Para articular temos que aprender que tudo começa a partir do momento em que entendemos o papel da comunidade, desde a identificação da problemática social até o ponto em que encontramos a solução coletivamente e a colocamos em prática.

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  • Tradução: Patricia Rodrigues (patriciarsilvagja@gmail.com)

Acesse o original em espanhol aqui.

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Por meio do meu trabalho como voluntária, ajudo pessoas que não têm acesso ao sistema de saúde em Nova York, traduzindo eventos gratuitos de saúde do inglês para o espanhol e vice-versa e gerenciando atividades de extensão. Por sua vez, coordeno as mídias sociais da organização que atendo.