Indivíduos em Captação de Recursos - Parte 1
Enfatizando a importância de focar em indivíduos ao invés de governos ou empresas para fortalecer causas sociais e ecológicas, Marcelo Estraviz destaca que organizações com muitos apoiadores individuais têm maior impacto e sustentabilidade. Ele argumenta que a transformação de doações momentâneas em contribuições recorrentes e a geração de oportunidades para indivíduos se engajarem diretamente são essenciais para garantir a longevidade e o sucesso financeiro das organizações.
Nesta aula, Marcelo Estraviz discute a importância dos indivíduos nas causas ecológicas, destacando que o foco deve estar nas pessoas, e não nas empresas ou governos. Ele enfatiza que um grupo de 40 mil apoiadores individuais possui um impacto significativo na sociedade, superando organizações que não têm apoio popular. Estraviz argumenta que os esforços devem ser concentrados em atrair mais pessoas que compartilham da mesma missão para fortalecer a causa.
Ele relata sua própria trajetória de envolvimento com o Greenpeace e outras organizações, explicando como começou como voluntário e evoluiu para doador e conselheiro. Estraviz observa que, no Brasil, houve uma mudança de foco nas últimas décadas, com as organizações voltando-se mais para os indivíduos, diferentemente de antes, quando o foco era mais em empresas e responsabilidade social corporativa.
Estraviz destaca a importância de engajar os indivíduos de maneira que eles se tornem doadores recorrentes, e não apenas contribuintes únicos. Ele sugere que as organizações devem criar experiências de doação positivas que encorajem doações frequentes. A ideia é transformar uma doação pontual em um compromisso de longo prazo, aumentando assim a sustentabilidade financeira da organização.
Ele também fala sobre a importância de comercializar produtos como parte de estratégias de captação de recursos. Estraviz exemplifica com a venda de itens como panos de prato ou pizzas em eventos, onde o comprador, além de adquirir o produto, também contribui para a causa. Esse tipo de transação serve como uma introdução à doação e fortalece o vínculo entre o indivíduo e a organização.
Finalmente, Estraviz ressalta a necessidade de coletar e valorizar informações sobre os doadores. As informações coletadas durante as interações são cruciais para personalizar futuras abordagens e fortalecer o relacionamento com os doadores. Ele defende que conhecer melhor os apoiadores permite às organizações serem mais eficazes em suas campanhas e aumentar o impacto de suas missões.
Central de Captação de Recursos
Aulas do Estraviz
Aulas de captação de recursos do Marcelo Estraviz, parceiro de conteúdo da Idealist e uma das principais referências brasileiras no assunto.
Acesse mais desse conteúdo e outros na Central Idealista de Captação de Recursos.
Resumão:
Abaixo, segue um resumo da aula, organizado em itens para facilitar a compreensão:
1. Valor dos Indivíduos: Indivíduos são vistos como o principal motor das operações e causas, enfatizando a importância de concentrar esforços neles, em vez de em governos ou empresas.
2. Poder da Comunidade: Uma organização apoiada por muitos indivíduos (como os 40 mil apoiadores mencionados) é mais forte e influente do que uma sem apoio.
3. História de Envolvimento: A conexão pessoal de longa data, como a do narrador com o Greenpeace, reforça a importância da relação individual com as causas.
4. Mudança de Foco: No Brasil, observa-se uma mudança do foco corporativo dos anos 90 para um foco renovado nos indivíduos e na responsabilidade social nas décadas seguintes.
5. Estratégia de Captação: É crucial desenvolver estratégias para transformar doações únicas em doações recorrentes, maximizando a contribuição ao longo do tempo.
6. Conexão Inicial versus Recorrência: A importância de criar uma experiência inicial positiva com doadores para incentivá-los a continuar contribuindo.
7. Coleta de Informações: Informações sobre os doadores são cruciais, tornando-os mais do que estranhos e facilitando futuras solicitações de doação.
8. Valor do Tempo de Vida: O conceito de "lifetime value" de doadores é destacado, mostrando a importância do valor total acumulado ao longo dos anos em comparação com doações pontuais.
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Empreendedor, filantropo e escritor, é fundador e ex-presidente da ABCR. Autor de diversos livros. Criador do Selo Doar, do Prêmio Melhores ONGs, do Instituto Doar, do #diadedoar e de diversas iniciativas sociais. Capacitou e mentorou milhares de pessoas no Brasil e América Latina. É sócio diretor da Certificadora Social.