Candidatando-se para Empregos no Exterior? Confira Estas 8 Dicas Essenciais!
Um bom e velho #tbt.
Alguns anos atrás, eu estava em uma chamada de longa distância para um emprego em um país na África. Eu fazia sons de “mmm hmms” para concordar com o que a pessoa estava dizendo, mas o atraso no sinal fazia ela pensar que eu estava interpondo alguma coisa. Por causa disso, ela parava de falar e tínhamos aqueles estranhos cinco minutos de silêncio, depois dos quais eu pedia a ela que por favor continuasse.
Existem desafios de comunicação durante uma busca de emprego, tanto nacionalmente quanto internacionalmente. Ainda assim essa experiência me lembrou de uma expressão popular no sudeste asiático: “iguais, mas diferentes”, geralmente empregada quando se observa dois souvenirs. Pensando além da ligação telefônica, esse pequeno conselho também é útil quando se está candidatando para vagas no exterior: as mesmas dicas que você usaria nacionalmente podem funcionar para o contexto internacional, mas existem algumas diferenças que não devem ser ignoradas. Aqui estão algumas para manter em mente.
Iguais…
- Prepare uma ótima candidatura. Existem algumas recomendações excelentes sobre como causar uma boa impressão em currículos e entrevistas, que valem para qualquer lugar do mundo, não importa para onde esteja aplicando.
- Entenda o que você tem a oferecer. Não menospreze sua experiência nacional. Se fez o projeto X em sua cidade, pode usá-lo para demonstrar que você tem habilidades relevantes para o emprego ao qual está se candidatando.
Mas diferentes
- Ter sensibilidade cultural é fundamental. Por exemplo, em uma entrevista de emprego pode ser mais usual para as pessoas com quem irá conversar, começar 15 minutos mais tarde, se referir às mulheres de uma forma diferente, apertar as mãos (os coreanos frequentemente colocam sua mão esquerda em seu braço direto, que usam para cumprimentar) ou trocar cartões de negócios. (Se procurar on-line “etiqueta de negócios do [nome do país]”, vai encontrar algumas informações.) Evitar o julgamento e demonstrar algumas dessas diferenças, irá evidenciar que você pode integrar a equipe deles.
- Seja flexível. Assim como é bom ser flexível em um novo ambiente de trabalho, o mesmo é válido para o processo de candidatura. Por exemplo, se você está se candidatando para um lugar que tem recursos limitados, pode ser que falte eletricidade ou cobertura telefônica. Um potencial empregador estará ciente desses desafios, mas ele também precisa saber que você pode lidar com essas situações incomuns sem reclamar.
- Entenda que você não é o salvador. É difícil ser humilde em uma entrevista quando estamos falando sobre nossas qualidades e conquistas. Contudo, se você espera trabalhar em um país em desenvolvimento, precisa lembrar que muitos deles têm uma história de colonização estrangeira. Por isso, é importante reconhecer que coisas boas já estão sendo realizadas pelo povo local. Você pode demonstrar esse tipo de humildade ao pesquisar por projetos locais em andamento, tanto na área quanto no assunto em que deseja trabalhar, e expressar sua admiração pelo trabalho duro que a organização tem realizado nessa área por X anos.
- Não ignore as diferenças de horários. Um conselho prático: se você está fazendo ligações ou reuniões internacionais, é educado estar ciente do fuso horário ou mostrar apreciação quando uma pessoa te liga fora do horário comercial (se você pesquisar na internet "conversor de fuso horário” irá encontrar muitas opções). Além disso, e isso também se aplica nacionalmente, as pessoas que estão contratando têm um alto custo de oportunidade. O tempo que eles gastam conversando com você é um tempo que não estão usando para fazer um trabalho significativo, portanto seja respeitoso e grato.
- Planeje ficar por um tempo. Os empregadores dizem que extraem mais de seus funcionários depois do segundo ano. Isso é ainda mais verdade quando é um emprego no exterior, onde a pessoa provavelmente não tem o conhecimento básico da estrutura da empresa ou até mesmo do idioma. Minha ligação que já estava estranha, ficou ainda pior quando me perguntaram se eu estaria disposto a me comprometer com um contrato de dois anos - ao invés do contrato de um ano que haviam proposto - e eu fiz um suspiro audível. Nem preciso dizer que não consegui o emprego.
Por fim, algo que você pode fazer se está se candidatando para um país onde nunca esteve antes, é pesquisar as notícias e se informar sobre a realidade local. Embora eu tenha cometido alguns erros naquela ligação, eu pesquisei as notícias locais antes da entrevista. Por isso, quando me perguntaram se já havia viajado para lá, consegui responder algo mais ou menos assim: “Ainda não tive o privilégio, mas como sua seleção ganhou da África do Sul recentemente, valerá a pena uma visita.”
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- Tradução: Débora Bodevan (deborabodevan4@gmail.com)
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Lauren Anderson has completed fellowship programs in Vietnam and Finland, studied abroad in Costa Rica, taught English in Spain, but remains a Michigan kid at heart. She worked at the U.S.CDC Center for Global Health’s Policy Office, managed a grant with the International Labor Organization, and worked for her mother the toughest job so far. Lauren has a master's degree in Health Management from Columbia University and a bachelor's degree from the University of Michigan.