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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 1,3 mil milhões de pessoas tenham alguma forma de deficiência — isso equivale a 16% da população mundial. Mesmo com leis como a Lei Brasileira de Inclusão (LBI), que proíbe a discriminação contra pessoas com deficiência e exige que a maioria dos locais públicos seja acessível, muitas pessoas com deficiência continuam a encontrar barreiras que as impedem de participar plenamente nas atividades cotidianas.

Às vezes é uma barreira física, como um elevador quebrado em uma estação de metrô, e outras vezes é uma barreira menos visível—mas não menos dolorosa— como por exemplo, ter que deixar um evento realizado em um espaço mal iluminado porque você não pode ver bem com pouca luz.

Você não precisa ser um ativista dos direitos das pessoas com deficiência para reconhecer essas barreiras ou criar soluções ponderadas. Para melhor proteger você e seus colegas de trabalho, aqui estão cinco maneiras de criar um ambiente de trabalho mais acessível.

1. Sempre utilize um microfone

Quantas grandes reuniões ou eventos você já esteve, onde um orador está na frente da sala e pergunta sem microfone: "vocês podem me ouvir?” Na maioria das vezes, ninguém se opõe, então o palestrante continua a fazer as suas observações sem microfone mesmo.

Falar ao microfone pode parecer um pouco estranho para o orador, mas isso não é nada comparado a sensação de não poder participar plenamente de um evento por não conseguir entender o que está acontecendo. E não é possível saber se há alguém com deficiência auditiva na sala, pois algumas pessoas podem se sentir desconfortáveis oferecendo essa informação na frente de uma multidão.

Então, sempre utilize um microfone quando estiver falando ou promovendo uma reunião —não importa o tamanho da sala-é uma atitude simples, mas importante, que tende a tornar seu evento mais acessível. Você pode até dar um passo adiante, conferindo a possibilidade de utilizar legendas ou intérpretes.

2. Não peça às pessoas que se levantem se não precisarem

É comum em apresentações o orador dizer : "Levante-se se você já fez X" ou "levante-se se você acredita em Y." É uma maneira bem-intencionada de fazer com que o público participe, mas exclui pessoas com problemas de mobilidade, incluindo pessoas que usam cadeira de rodas ou pessoas que têm outra deficiência menos visível, como dor crônica.

Para incentivar a participação do público de uma forma mais acessível, pode-se pedir às pessoas que levantem a mão caso algo se aplique a elas, ou simplesmente colocar a questão sem pedir um movimento correspondente. Fazer a pergunta é suficiente para que seu público pense e se relacione com o conteúdo, de uma maneira totalmente acessível.

3. Considere reuniões virtuais 

Mesmo que todos tenham retornado totalmente ao trabalho presencial, permitir que as reuniões tenham um componente virtual é o que melhor atende ao colaboradores com alguma deficiência. Por exemplo, funcionários que vivenciam crises de dor súbita podem ter a oportunidade de participar de uma reunião virtual em vez de estar no escritório, podendo desligar a câmera quando precisarem se afastar sem interromper a reunião.

Se a sua organização já utiliza reuniões virtuais, considere se existem regras e normas explícitas ou implícitas que possam afetar pessoas com deficiência.

Por exemplo, os funcionários são obrigados a deixar suas câmeras ligadas quando participam de reuniões virtuais? Em caso afirmativo, considere reservar um tempo no início de cada reunião para que os funcionários saibam que são livres para desligar brevemente as câmeras ou se afastarem quando necessário, sem serem questionados.

Dica profissional: Confira nosso guia para utilizar a tecnologia de Acessibilidade digital para garantir que todos os membros de sua equipe possam participar plenamente das reuniões virtuais.

4. Organizar eventos em locais acessíveis

A Lei Brasileira de Inclusão (LBI) estabelece vários requisitos para espaços como restaurantes, centros de conferências e hotéis. Se está procurando um local para o seu evento ou reunião, não é sua responsabilidade conferir se o espaço segue as orientações da LBI, mas mesmo assim você pode estabelecer este critérios como um padrão para avaliar a acessibilidade do local.

A Universidade de Cornell nos Estado Unidos tem um ótima lista para seus alunos, professores e funcionários que inclui cinco itens importantes a serem observados para conferirem se um local é acessível:

  • Visibilidade: O espaço está bem iluminado, com sinais nítidos em Braille e letras grandes? Existe um local para os intérpretes visíveis facilmente ou para instalação de telas para transmissão de legendas?
  • Acústica: Existe um microfone disponível? Você também pode avaliar se há algum ruído que possa inibir a participação de alguém com deficiência auditiva. Lembre-se de reservar um espaço na frente da sala para quem precisa da leitura labial para acompanhar uma apresentação.
  • Mobilidade: Além de verificar se há rampas e elevadores, verifique a acessibilidade dos banheiros e a distância entre a porta da frente e o estacionamento acessível (ou, se você estiver em uma cidade, a distância entre o local e o transporte público acessível).
  • Tecnologia: Dependendo do seu evento, a utilização da tecnologia de transmissão ao vivo pode tornar o seu evento mais acessível às pessoas que têm dificuldade em sair de casa.
  • Animais de serviço: Pergunte o que o local normalmente faz para os clientes com cães de serviço ou outros animais.

5. Ofereça voluntariado virtual

Existem muitas vantagens no voluntariado virtual, pois permite que as pessoas sejam voluntárias no conforto de sua própria casa, no sossego do sofá ou em qualquer outro lugar. Um benefício que torna as oportunidades de voluntariado da sua organização mais acessíveis à pessoas com deficiência física ou emocional (que afetam o comportamento de uma pessoa em situações sociais).

Se você deseja criar um programa de voluntariado virtual em sua organização, comece fazendo um brainstorming das tarefas ou projetos que não exigem que um voluntário esteja pessoalmente em seu escritório ou local do programa.

Você pode fazer isto pesquisando oportunidades de voluntariado remoto em Idealist.org,onde você pode encontra muitos trabalhos disponíveis, como por exemplo, auxiliar administrativo e design gráfico, que podem ser realizadas remotamente.

Em seguida, aborde seu chefe com suas ideias. Você pode começar aos poucos com um ou dois voluntários para observar como funciona e ajustar o programa conforme necessário. Para encontrar voluntários virtuais, publique uma lista em Idealist.org e compartilhe - o nas redes sociais e com suas redes.

Dica Profissional: Pergunte ao seu chefe ou outro colega se a sua organização já experimentou um programa de voluntariado virtual antes e em caso afirmativo, como foi.

Afinal, criar um local de trabalho mais acessível para você e seus colegas de trabalho é uma ótima maneira de garantir que sua organização esteja realmente fazendo sua parte em considerar as necessidades dos outros. Além disso, ao mudar sua mentalidade considerando as questões de acessibilidade, você terá um impacto positivo na forma como indivíduos de todas as origens e habilidades vivenciam seus eventos ou reuniões.

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  • Tradução: Jaqueline Severo (hjsevero@yahoo.com)

Acesse o original em inglês aqui.

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As a nonprofit advocacy professional living in Washington, D.C., Deborah works with groups across the country to educate their communities and lawmakers about public policies that can help low-income residents make ends meet. She is passionate about helping people connect their interests to a cause they believe in and empowering them to take action.

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